Os meninos de General

O Botafogo iniciou os dois últimos jogos contra Náutico e Bahia - sob o comando do Jair Ventura - com seis jogadores vindos da base: Octávio, Gegê, Jean (este apenas contra os baianos no lugar do suspenso Carleto), Dierson, Fernandes e Luis Henrique. Os dois primeiros estrearam nos profissionais em 2013 juntamente com Vitinho, hoje no Internacional, e os outros quatro fizeram as suas primeiras partidas nessa temporada. Dória, Gabriel, Jádson e Gilberto são outros bons nomes que foram revelados pelo clube nessa década. Isso é um bom sinal para o futuro da Estrela Solitária.

Gegê, Luis Henrique e Dierson. Foto: Edson Ruiz
Gegê surgiu bem em 2013 sob o comando de Oswaldo de Oliveira. Foram 14 jogos e 2 gols. Fez o seu primeiro gol com a camisa alvinegra contra o Náutico em Pernambuco e, na partida seguinte, provavelmente o seu gol mais importante até então: na vitória contra o Flamengo por 2 a 1. Terminou bem o ano de 2013, fez uma temporada apagada em 2014, começou com moral em 2015 e, com altos e baixos, vem tendo as suas oportunidades como nessas duas últimas partidas, apesar das críticas de boa parte da torcida.

Dierson tem apenas quatro partidas no profissional, sendo três como titular. Volante promissor, estreou contra o Resende no Campeonato Carioca desse ano e mostrou boa qualidade nessas últimas partidas contra pernambucanos e baianos.

Fernandes. Apesar de 2015 ser o seu último ano nos juniores, integrou o elenco profissional desde a pré-temporada e fez a sua primeira partida nos profissionais na estreia do Botafogo nesse ano ao entrar no decorrer do jogo contra o Boavista em São Januário. Já fez 24 jogos (14 como titular) e fez 3 gols (o primeiro contra o Bonsucesso em sua terceira partida). Promissor, Fernandes pode jogar em, no mínimo, seis posições de linha, sendo altamente versátil. Ainda oscila muito, normal em qualquer jogador da sua idade. Mas tem técnica suficiente para se tornar um jogador de alto escalão no momento que atingir uma maior maturidade.

Foto: Felipe Oliveira
Octávio e Jean foram outros dois que tiveram suas oportunidades nessas últimas partidas e que são revelações de nossas categorias de base. Octávio surgiu bem em 2013, fazendo um gol em 13 jogos (contra o Criciúma no Heriberto Hülse), oscilou no primeiro semestre em 2014, foi emprestado à Fiorentina na última temporada europeia e regressou esse mês ao clube, já tendo três partidas (todas como titular). Já o Jean tem cinco partidas nessa temporada, o seu primeiro ano como profissional e não podendo atuar mais nos juniores.

Foto: Botafogo oficial
Foto: Botafogo oficial 
Por último, Luis Henrique. Nascido em 1998, logo em sua estreia aos 17 anos, fez os seus dois primeiros gols e, com o gol anotado na última partida, já são 6 jogos e 3 gols como profissional. Destaque absoluto da categoria de base no time sub-17 ao ser vice-campeão da Copa do Brasil Sub-15 e artilheiro da mesma competição ao anotar 14 gols em 10 jogos, Luis Henrique foi integrado ao elenco profissional quando regressou da seleção brasileira da categoria após uma série de jogos amistosos.

Como eles, ainda temos Emerson, Diego, Andreazzi, Jeferson Paulista, Cidinho, Sassá e Vinicius Tanque para completar nosso elenco para essa temporada. Sem falar do volante Arruda e do meia Mauro Gabriel que, apesar de ainda terem mais um ano nos juniores em 2016, já foram relacionados para algumas partidas do profissional nessa temporada.

Com uma safra tão boa nessa década, a minha mente me fez voltar no ano de 2006. Nessa temporada, o Botafogo lançou um garoto da base chamado Magno. Fez a sua estreia entrando no segundo tempo contra o Juventude no Maracanã e participou da jogada do gol do Reinaldo, que foi o da vitória por 2 a 1. Depois de tanto tempo, esse jogador era a maior esperança para que fosse uma boa revelação ao time principal.

Infelizmente, ficou apenas no patamar de promessa, saiu do clube sem deixar saudades à torcida e perambulou por clubes modestos do Brasil, sendo o Cabofriense o último clube que obtive informação, em 2013. Natural de Vila Velha (ES), hoje, Magno tem 27 anos.

Foto retirada da internet, na sua estreia no Maracanã em 2006.   
Quase uma década depois, o Botafogo mudou o patamar das suas categorias de base. E espero que grande parte dos meninos de hoje possam ser os homens que recolocarão o Botafogo no hall dos grandes do continente, com troféus importantes e impondo respeito ao adversário quando este avistar a gloriosa camiseta do outro lado do campo.

Nossa História, nossa glória. Nossa base, nosso caminho da vitória.

Por: Thiago Hildebrandt.
Os meninos de General Os meninos de General Reviewed by Thiago Hildebrandt on julho 25, 2015 Rating: 5

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